COLOCO A PEDRA NO INGAÇO, A TEIA É O ÚNICO APOIO, ANTES SORRIA NO COPO DE ÁCIDO. LIVRE DAS IMPERFEIÇÕES A JÓIA CRUA.
escultura corporal / criação Edson Prata
De resto o meu descaso com a lassidão que será. No século XXII não haverá pão nem são. Só sombras e tempo de sóbra para andar de pedalinho na riviera da tristeza. E por isso renuncio a tudo, ao átomo cabeça de atum, a todos, ao mundo, tanto quanto ao vício atuante do pe(S)cado, e digo mais: -Ozório o duque foi pela estrada. - Ozório desta vez o chuveiro queimou. Ozório estão roubando o lábaro que ostentas, não sobrou nem o batom natural da verde mata, nem um restinho da nuance do capim.
Dissipam-se as nuvens com pés de chumbo, a tarde riscada com tornados de prata, ilumina o céu do Brasil. Venta nas folhas rendadas das aráceas, estão a caçoar de mim as orquídeas moças. Eu me rendo a minha brazilidade. Os bezouros bezouram as zíneas. As carambolas, caramba, carambolam. Os abacateiros abacateiam. Meu coração verde acena para maritacas que fazem revoadas, ao redor da araucária.